Foi registrada, no último final de semana, uma morte em Teresina de paciente com sintomas da gripe A, conhecida também como H1N1, causada por um tipo distinto do vírus, confirmou na tarde de segunda-feira a Secretaria Estadual de Saúde. A Sesapi ressalta que, para confirmação, é preciso esperar o resultado do exame do material enviado inicialmente para o Laboratório Central (Lacen), que envia o material para o Instituto Adolfo Lutz. O Instituto é um laboratório de análises, sendo credenciado como Laboratório Nacional em Saúde Pública e Laboratório de Referência Macrorregional pelo Ministério da Saúde brasileiro, com sede em São Paulo.
O paciente que morreu tinha comorbidade, quadro clínico grave pelo fato de ter outras patologias. O paciente estava com gripe e internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, o caso de morte com suspeita de H1N1 foi repassado na manhã de segunda-feira para seu Departamento de Epidemiologia. Foi enfatizado que o paciente que morreu tinha quadro grave, e, por isso, foi feito o teste para saber se a morte foi causada realmente por H1N1. A Secretaria Estadual de Saúde informou que o paciente com a morte causada com suspeita de influenza teve seu material recolhido.
A diretora de Atenção e Assistência à Saúde da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Amariles Borba, disse que a confirmação de morte causada pela H1N1 e de casos da doença não acontecem de imediato porque o resultado dos exames feitos pelo Instituto Adolfo Lutz demora de cinco a sete dias para ser divulgado, a partir da data do recebimento do material do paciente.
As informações iniciais eram de que duas pessoas tinham morrido pela gripe H1N1 em Teresina, no final de semana, uma no Hospital Protomed e outra no Hospital de Urgência de Teresina (HUT).
A médica Amariles Borba disse que, de posse dessa informação iria esclarecer se ocorreram mortes por H1N1 porque por volta das 13h desta segunda-feira ainda não tinha sido comunicada dos fatos.
O presidente da FMS, Francisco Pádua, afirmou que as vacinas contra a gripe H1N1 deverão chegar em Teresina no dia 15 de abril para que a vacinação seja feita entre os dias 30 de abril a 20 de março, inicialmente para os segmentos da população de idosos, profissionais de saúde e outros grupos.
Os prontos-socorros do Brasil já registram pacientes com febre alta, dores no corpo e dor de cabeça. Os sintomas mostram que a gripe chegou mais cedo este ano. E o aumento nos casos da gripe A, conhecida também como H1N1, assusta aqueles que estão espirrando pelo Brasil. Até o dia 19 de março, casos de infecção por gripe A foram detectados em 11 Estados e no Distrito Federal. E 46 mortes, a maioria em São Paulo (38), foram causadas pela doença.
A gripe A é uma doença respiratória aguda e é diferente de uma gripe comum, por ser causada por um subtipo distinto do vírus influenza. O H1N1 traumatizou o mundo ao causar uma pandemia em 2009, com mais de 50 mil casos registrados e cerca de 2 mil mortes.
A doença é transmitida de pessoa a pessoa pelo contato com secreções respiratórias e causa febre alta, dificuldades respiratórias, coriza, dor de garanta, mal-estar e fortes dores no corpo e na cabeça. Mas não é preciso entrar em pânico, existem meios para evitar o contágio e, na maioria dos casos, a doença não é grave.
Vacina
A vacina contra o H1N1 é a conhecida vacina contra a gripe e existem dois tipos diferentes. Uma das vacinas é trivalente, ou seja, imuniza contra três tipos distintos do vírus influenza (gripe). Além desta, existe também uma vacina tetravalente, contra quatro tipos de vírus.
A vacina trivalente, distribuída na rede pública, combate os vírus tipo A H1N1, tipo A H3N2 e o vírus do tipo B, de gripe comum. Já a vacina tetravalente, aplicada apenas em clínicas particulares, tem proteção contra duas linhagens da gripe A e duas linhagens da gripe B.
A vacina trivalente é distribuída gratuitamente em postos de vacinação da rede pública, mas apenas para grupos considerados de risco, como crianças, grávidas e idosos. A tetravalente é aplicada em laboratórios particulares, com diferentes composições, e pode custar de R$ 100 (Lavoisier) a R$ 230 (Fleury, em SP).
A partir dos seis meses de idade, todos podem tomar a vacina. No sistema público, a vacina só é distribuída para públicos mais vulneráveis à doença: gestantes, crianças até os cinco anos, pessoas com doenças crônicas, idosos, índios, trabalhadores da saúde e mulheres que tiveram filho nos últimos 45 dias. Segundo o Ministério da Saúde, a gripe A é superada por pessoas saudáveis após poucos dias de tratamento sem grandes riscos.
Se a pessoa está fora do público-alvo, é preciso buscar uma clínica particular para conseguir a vacina contra os vírus da gripe. Dependendo do laboratório, há restrição para crianças menores de três anos e pode ser preciso apresentar um pedido médico.
Aplicada por injeção, a vacina pode causar desconforto no local da aplicação, e um mal-estar leve e passageiro (no máximo 24 horas após a aplicação), como se fosse o início de um resfriado, habitualmente sem sintomas respiratórios. Os medicamentos não ficam nos centros de vacinação o ano todo. Se você estiver dentro do grupo de risco, a campanha de vacinação do Ministério da Saúde começa no dia 30 de abril e vai até o dia 20 de maio. Porém, alguns Estados anteciparam o período de vacinação, como São Paulo (início em 11 de abril na capital e região metropolitana). Nos laboratórios particulares, as vacinas costumam chegar entre março e abril.
A composição das vacinas é renovada sempre para acompanhar as mutações dos vírus. Porém, o H1N1 tem a mesma "forma" desde 2009, o que faz com que a vacina de 2015 continue sendo eficaz contra a gripe A --e por isso foi distribuída no noroeste de SP. As outras duas cepas da vacina de 2015, contra o tipo A H3N2 e o da gripe comum, foram atualizadas em 2016. Quem tomou a vacina de 2015 este ano deverá tomar novamente a versão mais nova 30 dias depois.
A proteção da vacina se inicia depois de pelo menos 14 dias após a aplicação, e se torna mais eficiente depois de 30 dias. Pessoas que se vacinam anualmente costumam ter resposta mais rápida. Pessoas com diminuição da imunidade (HIV, transplante, em uso de quimioterapia) podem responder mais lentamente.
Imunização
O medicamento garante uma imunização de 8 a 12 meses, dependendo do organismo do paciente. Por isso é recomendado tomar uma dose por ano. É importante ressaltar que se a pessoa tomou a vacina trivalente e deseja tomar também a tetravalente se recomenda um período de 30 dias entre as doses.
Para redução do risco de adquirir ou transmitir a gripe A, o Ministério da Saúde orienta que sejam adotadas medidas como: lavar e higienizar as mãos, principalmente antes de consumir algum alimento; utilizar lenço descartável para higiene nasal; cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir; evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca; higienizar as mãos após tossir ou espirrar; e não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres e copos.
Fonte: meionorte


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